quarta-feira, 25 de abril de 2012

Camélia (Flor)

Ficheiro:Camelia February 2009-1.jpg
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Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....
Florbela Espanca
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Camelia japonica
Créditos da Imagem:
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Camellia L. é um género de plantas da família Theaceae que produzem as flores conhecidas como camélia (e em algumas regiões de Portugal como japoneira).
O género Camellia inclui muitas plantas ornamentais e a planta do chá.
O gênero foi descrito pelo naturalista sueco Carl von Linné em sua obra magna Species Plantarum, e assim designado em homenagem ao missionário jesuíta Georg Kamel.
Algumas espécies deste gênero pertenciam ao gênero Thea, mas este epíteto foi sinonimizado com Camellia quando se observou que as Camellia e Thea não apresentavam qualquer diferença significativa entre si.
Todas as espécies de Camellia são designadas, na China, pela palavra mandarim "chá" (茶), complementada por algum termo que, geralmente, caracteriza seu habitat ou suas peculiaridades morfológicas.
Este gênero apresenta cerca de 80 espécies nativas das florestas da Índia, Sudeste Asiático, China e Japão. São arbustos ou árvores de porte médio, com folhas coriáceas, escuras, lustrosas, com bordas serrilhadas ou denteadas.
Apresentam flores vistosas, brancas, vermelhas, rosadas, matizadas, ou raramente amarelas, algumas tão grandes quanto a palma da mão de uma pessoa adulta, outras tão pequenas quanto uma moeda.
Certas espécies exalam suave perfume.
Os frutos são cápsulas globosas, que podem variar do tamanho de um amendoim ao de uma maçã, com cerca de 3 sementes esféricas.
Algumas espécies, como C. japonica, C. sasanqua, C. reticulata, e C. chrysantha, são cultivadas por suas belas e grandes flores, folhagem densa, escura e lustrosa, e porte baixo. Estas e outras espécies são intercruzadas para a obtenção de híbridos que reúnem suas melhores qualidades.
A este gênero ainda pertence a C. sinensis, espécie de cujas folhas se obtém o chá, e cujo comércio movimenta bilhões de dólares todos os anos.
Outras espécies de Camellia ainda são usadas localmente na Índia e na China como alternativas à C. sinensis para a preparação de chá.
Outras produzem um óleo em suas sementes, aproveitado como combustível.
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Ficheiro:Camellia japonica-anemone.jpg
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Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela.
(D. Elhers)
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Outra variedade, com flores semidobradas
Créditos da Imagem :  Monocromatico / Wikipédia Commons
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Flor
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As formas mais comerciais são as de flores grandes, com muitas pétalas e estames de cores fortes que variam do branco ao vermelho, com algumas variedades pintalgadas ou manchadas.
 As camélias amarelas são raras, e são obtidas apenas através da hibridização entre certas espécies.
Não há camélias azuis, mas pesquisadores descobriram pigmentos azuis em algumas espécies e atualmente estão tentando isolá-los através de cruzamentos.
As flores das camélias podem ser separadas em 3 categorias:
Simples: as flores possuem apenas um ciclo de pétalas, estames e pistilo íntegros e normalmente funcionais;
Semi-dobradas: as flores possuem mais de um ciclo de pétalas, estames e pistilos podem ou não ser transformados em petalóides, mas sempre há alguns estames íntegros, e algumas vezes férteis;
Dobradas: as flores possuem inúmeros ciclos de pétalas.
Todos os estames e o pistilo são convertidos em estruturas petalóides, e as flores são sempre estéreis.
Japão, China e Coreia são os países tradicionalmente líderes na produção de camélias e na obtenção de novas variedades.
Curiosamente, a Itália, desde o século XIX, afronta estes países na produção de variedades comerciais, sendo um dos líderes na sua produção no ocidente.
Ao todo, existem mais de 3000 tipos diferentes de camélias somente entre as obtidas da espécie Camellia japonica, somando-se a um número total mais alto, com estimativas entre 5000 e 8000 variedades.
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Sinonímia do gênero
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Calpandria Blume
Piquetia (Pierre) Hallier f.
Stereocarpus (Pierre) Hallier f.
Thea L.
Yunnanea Hu
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Espécies
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Camellia assimilis
Camellia brevistyla
Camellia caudata
Camellia chekiangoleosa
Camellia chrysantha
Camellia connata
Camellia crapnelliana
Camellia cuspidata
Camellia euryoides
Camellia forrestii
Camellia fraterna
Camellia furfuracea
Camellia granthamiana
Camellia grijsii
Camellia honkongensis
Camellia irrawadiensis
Camellia japonica
Camellia kissii
Camellia lutchuensis
Camellia miyagii
Camellia nokoensis
Camellia oleifera
Camellia parviflora
Camellia pitardii
Camellia polyodonta
Camellia reticulata
Camellia rosiflora
Camellia rusticana
Camellia salicifolia
Camellia saluenensis
Camellia sasanqua
Camellia semiserrata
Camellia sinensis - chá
Camellia taliensis
Camellia transnokoensis
Camellia tsaii
Camellia vietnamensis
Camellia yunnanensis
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Ficheiro:RyoanJi-Camellia.jpg
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As flores refletem bem o que é o amor.
Quem deseja possuir uma flor, irá ve-la murchar.
Mas quem olhar uma flor no campo, terá esta beleza para sempre.
(Paulo Coelho)
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A árvore da camélia do Japão
Créditos da Imagem: Araisyohei/ Wikimédia Commons
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Camellia japonica
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Camellia japonica é uma espécie da família Theaceae, a qual é popularmente conhecida como camélia.
 É um arbusto ou árvore pequena, nativa das florestas do sul do Japão, de folhagem densa, escura e lustrosa.
Suas folhas são elípticas, denteadas, coriáceas e cerosas, com pecíolos bem curtos.
 As flores são solitárias ou agrupadas nas axilas das folhas, sem perfume.
 Estas flores são grandes, com 6 ou mais pétalas com cores que variam do branco ao vermelho, podendo incluir manchas, matizes e pintas.
Os estames são agrupados em uma coluna que permanece unida até certa altura.
O pistilo possui três estigmas.
Os frutos são cápsulas secas e esféricas do tamanho de ameixas, com três sementes globosas de cor bruna. Também pode ser diferenciada das outras espécies por certos caracteres anatômicos.
A camélia pode ser cultivada em solos ácidos, férteis e bem irrigados, à meia-sombra.
As diferentes variedades toleram climas tão quentes quanto no Rio de Janeiro, ou frios como o sul da Europa (onde a Itália destaca-se como um dos grandes países produtores de variedades de camélias), onde toleram neves no inverno.
Em climas temperados, floresce durante a primavera, mas em climas quentes e úmidos, pode florir o ano todo.
Esta não é a única espécie conhecida simplesmente como camélia, mas definitivamente é a mais popular.
 Há uma estimativa de 3000 variedades desta mesma espécie, e outros tantos híbridos entre esta e outras espécies do mesmo gênero.
É a flor inspiradora do romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho.
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Ficheiro:Camellia sinensis-habito.jpg
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Camellia sinensis
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Arbusto de Camellia sinensis
Créditos da Imagem: Wikimédia Commons
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Camellia sinensis é uma espécie da família Theaceae, popularmente conhecida como chá.
 Foi originalmente descrita por Lineu como Thea sinensis, mas este nome caiu em desuso quando se notou que os gêneros Thea e Camellia não apresentavam diferenças significativas entre si.
Esta é uma árvore de até 15 metros de altura nativa das florestas do nordeste da Índia e sul da China. Apesar da altura máxima elevada, as podas constantes evitam que ultrapasse 1,5 metros, e os indivíduos cultivados desta maneira raramente florescem.
Possui folhas oblongas, escuras, lustrosas, com nervuras bem marcadas nas superfícies, de margem inteiramente denteada, e as folhas mais novas são cobertas de pequenos tricomas brancos.
As flores surgem solitárias ou aos pares nas axilas das folhas.
São pequenas, com pétalas brancas e perfumadas, possuem muitos estames e um pistilo com 3 estigmas.
Os frutos são cápsulas pequenas, globosas, com 1 a 3 sementes também globosas.
 É possível produzir óleo para o consumo humano a partir das sementes desta planta.
Existem variedades, como a C. sinensis var. assamica, comum na Índia, que produz as árvores mais altas e com as maiores folhas, além de um chá preto com enorme concentração de cafeína.
A variedade sinensis é a mais comumente cultivada.
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Ficheiro:Teeblaetter.jpg
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Folhas de Camellia sinensis
Créditos da Imagem: Burgkirsch/ Wikimédia Commons
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Áreas de cultivo no mundo
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Esta espécie é extensivamente cultivada no mundo, particularmente em Sri Lanka, Índia, China, Japão, Taiwan, Quênia, Camarões, Tanzânia e Malawi.
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No Brasil
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No Brasil há poucas plantações, mas já foram observados indivíduos crescendo na mata, sem a interferência humana, o que mostra que o clima deste país é muito favorável à plantação de chá em larga escala.
Freqüentemente o cultivo da Camellia sinensis no Brasil está associado a colônias japonesas, por exemplo, como ocorre no município de Registro, localizado na região sul-atlântica, no interior do estado de São Paulo.
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Solo e clima
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Seu cultivo depende de solo fértil, ácido e bem irrigado, sob sol pleno ou luz solar filtrada.
Necessita de calor moderado, por isso tem sido plantada nos trópicos junto a montanhas e planaltos até 1600 metros de altitude.
É produzido em maior ou menor escala em todas as áreas tropicais e semi-tropicais do mundo e de São Paulo.
Essa planta é usada a parte da folha para fazer remédios.
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Ficheiro:Camellia sinensis-flor1.jpg
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Flor de Camellia sinensis
Créditos da Imagem :  Monocromatico / Wikimédia Commons
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Tipos de chá
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Esta mesma espécie dá origem a milhares de chás diferentes, de acordo com as condições de cultivo, coleta, preparo e acondicionamento das folhas.
 No entanto, todos esses produtos podem ser divididos em quatro categorias distintas: Chá branco (não fermentado, produzido das mais tenras folhas, mais raro e caro), chá verde (levemente fermentado), chá oolong (com fermentação mediana, basicamente ficando entre o chá verde e o preto, mas com características degustativas geralmente mais a cerca do chá verde), e chá preto (bem fermentado, e forte).
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Uso medicinal
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Esta espécie tem sido estudada por farmacólogos e bioquímicos pelas propriedades observadas no chá. Descobriram-se substâncias nesta planta capazes de combater úlceras, espasmos musculares, hipertensão, apatia, certas infecções bacterianas, e bloquear a replicação do vírus Influenza Humano tipo A e do HIV-1.
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Planta ornamental
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Há uma variedade com flores rosadas destinada à ornamentação de jardins.
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Fonte de Pesquisa:
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Eu sem você sou só desamor
um barco sem mar ,um campo sem flor.
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(Vinícius de Moraes)

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